21 de jan. de 2025
um ama mais e o outro ama melhor
fogo e sombra
Mudanças
18 de jan. de 2025
para o passado: apocalipse
16 de jan. de 2025
12 de jan. de 2025
Matrimônio (Resumo do Teste)
O casamento é uma máquina de moer almas que transforma amantes ardentes em carcereiros emocionais, presos em um ciclo interminável de cobranças sobre o uso do banheiro e a divisão do detergente. Manuel Bandeira talvez chamasse isso de "um retrato emoldurado do desencanto".
Se o amor é o vôo de Ícaro, o casamento é o teto baixo da sala onde ele inevitavelmente se esborracha. A paixão — esse fogo fátuo que devora o ar da existência — não sobrevive ao enclausuramento das rotinas matrimoniais. É o rito que converte o "eu te amo" em um "quem vai buscar o pão hoje?" com entonação passivo-agressiva.
E as falhas? Fatais.
- Idealização do Outro: No altar, não se casa com a pessoa real, mas com a projeção delirante de um ideal que o cotidiano tem a missão de assassinar lentamente.
- Monotonia Prosaica: Uma vez consumado, o casamento tende a transformar o desejo em hábito e o entusiasmo em obrigação. O amor não é vencido pelo ódio, mas pela exaustiva familiaridade.
- Ilusão da Exclusividade: Nada mais ingênuo do que acreditar que a exclusividade sexual ou emocional seja intrínseca à convivência forçada de décadas. A monogamia perpétua é uma das maiores mentiras do romantismo.
O casamento é "uma eterna segunda-feira vestida de domingo". Acabo concluindo que, em muitos casos, o casamento apenas oficializa uma relação que já estava condenada — transformando amantes eventuais em sócios de uma empresa que inevitavelmente falirá.
9 de jan. de 2025
Oração Para O Altíssimo
Peço-Te ainda, Pai Celestial, que derrames a luz do perdão sobre aqueles a quem, consciente ou inconscientemente, feri com minhas ações ou omissões. Se lhes for difícil conceder-me esta absolvição, que eu jamais me curve ao orgulho ou à necessidade de reciprocidade, mas os ame com o mais puro amor, desprovido de expectativas e livre de grilhões emocionais.
Ensina-me, Senhor, que o amor verdadeiro é aquele que se mantém intocado, mesmo quando não é correspondido; e que, na profundidade de nossas emoções, até mesmo o ódio, se nutrido por ignorância e não pela verdade, pode ser porta aberta para enganosos deuses das trevas. Guarda-me de tais armadilhas espirituais, pois desejo caminhar sob Tua luz inefável, guiado apenas pela Tua infinita sabedoria.
Purifica-me, Criador Supremo, para que minha oração seja qual incenso santo, subindo ao Teu altar sem mácula ou resistência. Que as conexões forjadas pelo Teu amor sejam renovadas, e as correntes do rancor ou da culpa dissolvam-se na vastidão do Teu perdão.