21 de jan. de 2025

Mudanças


Levo a fé como vela hasteada na densa bruma do mar incerto enquanto sou sombra a vaguear em sentimentalidade abandonada no eco etéreo, sigo onde o sopro murmura segredos, levando apenas meu amor por Cristo como bagagem, um relicário de luz feito para evitar trevas próximas aos tormentos de meus pensamentos. Como detê-los, aliás? Adoro quando o céu veste cinzas e o horizonte desaparece, meus passos, vagos, tecem estradas em campos sufocantes da incerteza trajando cânticos de partida. Vida é a vela que nela existimos, nossos espíritos são as chamas, e a fumaça, nosso encontro com os Divinos. Empurram-me ao limiar do desconhecido. Apenas a noite, para ver o meu encontro com o invisível.


(Cássio D. Versus)
 

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