Aqui jaz o que nunca coube em si,
um nome sem corpo, um brado que não nasceu.
Foi sonho abortado por lucidez em excesso,
foi carne sem fé, rascunho de Deus.
Foi amor que morreu antes do toque,
foi guerra travada dentro de um espelho.
Perdeu-se entre versões mal contadas de si mesmo
e epitáfios escritos em línguas extintas.
Deixou como herança o silêncio sujo,
algumas cartas que ninguém leu
e um punhado de promessas com prazo vencido.
Foi sonho abortado por lucidez em excesso,
foi carne sem fé, rascunho de Deus.
Foi amor que morreu antes do toque,
foi guerra travada dentro de um espelho.
Perdeu-se entre versões mal contadas de si mesmo
e epitáfios escritos em línguas extintas.
Deixou como herança o silêncio sujo,
algumas cartas que ninguém leu
e um punhado de promessas com prazo vencido.
Seu riso era raro. Sua dor? Frequente.
Seus olhos — dois buracos escavados na esperança —
viram demais. Sentiram de menos.
E por isso foi enterrado em solo neutro,
sem cruz, sem flor, sem data que importe.
Se o encontrares por aí, fingindo estar vivo,
não o culpes.
A morte às vezes é só uma escolha adiada.
...
PS: substantivo -
túmulo ou monumento fúnebre em memória
de alguém cujo corpo não jaz ali sepultado;
túmulo honorário
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