15 de mar. de 2015

21:00


tope do prédio e,
duas mãos balançam no ar,
não sei se me pedem para ir
não sei se me pedem para ficar

conheço quem os braços agita
como quem os balança me conhece também,
lembro bem logo antes que transmita
a mais árdua paixão me tornando refém

concedo adeus dizendo "não posso",
me afogo em pesares de tanto que sinto,
ela ainda lá aguardando os destroços
de alguma outra escolha oposta ao instinto.


(Cássio D. Versus)

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