7 de out. de 2014

Mr. Sandman


"Aprenderás que muitos não podem ter a felicidade que desejam pois já enlaçaram-se com a realidade crua, nua e maldita ao redor de seus sonhos intangíveis e irrealizáveis. Viver pode significar morrer diáriamente. De qualquer maneira espalhe o teu prazer pela casa inteira, derrame o teu mel em todas as paredes, cômodos, deixe tuas tristezas e culpas para teus diários, ou menininhas que finjam importar-se com seus prantos exorcizados em poemas (alguma lê, afinal, 'petit'?) quando na verdade nem estão ali, sou eu a errada, lembras? Não tens obrigação moral e religiosa de manter uma família, filho, mulher, - ou marido, em meu caso, - tens sorte de ser livre. Deixe que apenas minha consciência naufrague na voragem da culpa e embaraço, és jovem, acredito que terás crimes piores para ocupar a tua mente do que este amor que cometemos. Todos precisam ser salvos de alguma coisa. 

Quem possui o direito de saber a verdade?"


Luciana C. D. Para C. D. Versus (2008).

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