"Penso em bem-te-vis pintados em versos soltos, mas que te abracem em
texturas ardis, gorjeios anis das poesias violadas. Que te excitem em
ondas diafánas, por cânticos ares, os quais espelham à grandeza. Penso
em ti noutras correntezas, levada por brisa acarinhando a face, aninhada
ao peito, bordada de borboletas, coberta de sutilezas. Que num ponto
desse céu, nossas asas se retocam. Nossas águas se misturam, mesmo que
por um instante, nas entrelinhas se evocam. Penso que o mistério que nos
une é turquesa, matizando adiante, o lirismo enlouquente que perpetua
esse instante. Numa foz, numa voz que deságua feito cachoeira, beirando
delírios sem eira. Penso mais. Penso alto. Penso tanto. Em queda livre
ao teu encontro."
(Cris de Souza)
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