Lilith, penumbra de pureza augusta,
Por que Adão, ignóbil, te abandonou?
Se teu fulgor a essência interna ajusta,
Serias tu quem a verdade revelou.
De formosura obscura, musa absorta,
Tua coragem transcende o carnal,
Exploradora da senda que conforta,
Reino da mente, portal abissal.
Nas sombras do Éden, teu canto perdura,
Som submerso, ancestral, reverente,
Que o frágil Adão, por medo, censura.
Mas em ti, vejo a chama incandescente,
Que ao mundo mostra-se, oculta, encerra:
Tu és o enigma, a verdade na terra.
(Cássio D. Versus)
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