6 de fev. de 2013

Veracidade


"Poeta humano, egoísta, e presunçoso, a vangloriar o pôr-do-sol com suas rimas, que para muitos representa o fim da noite. Poeta humano, qu'é reles e indecoroso, a envaidecer a especiosidade do verão despencado, que para muitos tomba como desvairada seca. Amaldiçoado seja o poeta humano, sem profundezas realísticas, a versejar o vento leve que sopra em suas pestanas, sem vê-lo transformar-se no tufão que devasta as campinas. Poeta humano, eternamente esnobe com seu nojoso complexo de superioridade virtuosa, a poetisar e silenciar, em covardes louvores de palavras esnobes, a mulher amada, que para outro talvez valha muito mais que um poema..."


(Cássio D. Versus)

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