Quero apenas engolir seus olhos
nesta madrugada de leve chuva,
as nuvens cobrem o céu,
entre o céu da boca e o pavimento da língua,
quero comer córneas, nervos ópticos,
retinas, direções, a íris que mingua,
sem justificações, razão, motivos lógicos,
atingir com divindade teu cristalino,
lamber e babar nas tuas pupilas...
Honestamente quero apenas engolir seus olhos.
As janelas da alma, meus caminhos para os miolos.
(Douglas Neto)
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