6 de jun. de 2018

Membrana


Sinto atenuar as duras feições enigmáticas no ar estático
sobre despenhadeiros urdidos contra reminiscências
descobertas pouco antes do recomeço universal,
pragmático
sem condolências
por alguns infinitos, selvático transcendental

Minhas mãos extenuadas desenterram luminosidade
do hediondo cansaço causado pelas plagas empedernidas,
propósito que se repete através dos tempos, sem saídas
rasga a lei natural diante tirânica minoração tão nu retarde

Passado enceguecido de lânguido arrepender-se,
o que sofro é ansiedade adaptada, perniciosa,
moléstia das emoções e pensamentos, ambiciosa,
sistema nervoso avulso e louco e meliante a render-se

Dos males no âmago, vicissitude, reprimenda da alma
contra o corpo, indisposto, aos sinais da imaginação,
transmite a inquieta balança encarcerada vozeria e malva
inadiável como a sentença de um julgamento sem vazão...

Deus criou a mente, o diabo, coração.


(Cássio D. Versus)

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