Encontrei-te ontem, bem pressentiu, era um eclipse lunar...
A sombra da escuridão infinita onde corações pulsam sem sangrar.
O reflexo da tua face pálida.
Outonos se passaram e as folhas secas quebraram os meus pés nus
vagando entre ventos, nosso lar aos ares.
E os cacos de cristal que ferroaram juntos
fizeram morrer uma libélula sagrada sem a tua presença,..
(...) a desmaiar mais e profundamente em um sono ininterrupto.
Sei que tu em teus bravos momentos de encontro
via as névoas que emanavam dos cálices de vinho que estavam à tua espera.
Mas, ah! Eles me tragaram a dormência
e padeço agora segurando a rosa que me deste,
a qual os espinhos queimaram minhas mãos.
Recolha-te ao frio recanto que me concebeu o insólito em chamas.
Una teu fio de prata ao meu, destino outros não conseguiriam suportar.
E as gotas d’água percorrerão nossos corpos unos.
Em cinzas, romperiam flores celestes em meu peito vazio.
Agonizando, beijos!
Para Cássio, ma petit."
Liessa D. Nora (Março de 2008).
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