A eternidade deixou para trás toda a poeira e os minerais virando estrelas que nos fazem tropeçar. Somos forças cósmicas em constante sublime movimentação e desenvolvimento espiritual, possuímos propriedades gloriosas de emoções insubstituíveis evoluindo o nosso compasso a nossa poesia as cicatrizes na alma que rimam com o silêncio que jamais ousamos cantar
o mundo é a nossa moldura e nós pincéis descontrolados borramos a tela na ânsia de encontrar sentido estamos na mesma página diluindo em cores pelos rios e oceanos nos separando e nos juntando ao mesmo tempo escrevendo um livro invisível onde cada lágrima é uma palavra e cada sorriso uma pausa que o tempo esqueceu de ler
tempo: maldito por deixar tudo que está distante mais bonito inspirando a longevidade da agonia que sinto devido à tua espera bendito por me trazer o eterno repouso onde anjos e esplendores carregam seus segredos vazio o infinito que não promete suas dores não há misericórdia com a Verdade
e no abismo sereno desse repouso encontro a mim mesmo — metade luz, metade sombra, dançando entre promessas que nunca nasceram / dá pra sentir a velocidade do tempo como uma faca afiada, cortando o instante em fatias finas demais para serem vividas. / Multiplique o Infinito e ainda assim ele caberá no espaço entre um suspiro e outro.
Paixão contínua em todos os domínios, fortuito, materialismo sombrio desenvolver-se é necessário saber que não existe propósito final
Verdade: um espelho quebrado refletindo mil faces que nunca se tocam, perdendo-se na ilusão de um fim que nunca chega.
"te desejo, te almejo, admiro
e quero perto, muito perto
tão perto que nossos corpos possam se tornar um,
ou o próprio sol.
Você tem super poderes
e é você na minha mente." - Milune
Não adiante rasgar o passado
porque ele se reinventa em cada cicatriz
como um livro que nunca se termina
sempre pronto para ser lido de novo.
desavisadamente: cássio d. versus
...
(anotações que encontrei do ano de 2016, sem tirar/colocar uma vírgula — exceto pelo título, esse furtei recentemente pois foi a última frase que li em francês que ficou na minha cabeça, me veio agora e sintonizou bacana)