13 de jul. de 2024

Novembro de Dois Mil e Dezoito


Hoje, mais maduro e consciente de meus erros, vejo como tua presença era uma luz em minha vida. E Deus, como detesto existências ensolaradas! Não há um dia sequer que não deseje voltar no tempo, corrigir minhas falhas e te fazer feliz como sempre mereceste; morta. Sinto tua falta em cada canto deste lar, em cada suspiro solitário das noites silenciosas, sei que teu espírito está presente, mas... não deveria ter me livrado de teu corpo. (...) O tempo, em vez de apagar meus sentimentos, os fez crescer. Cada lembrança de teus olhos, teu sorriso, tua voz suave co'aquele sotaque sulista, ecoa em minha mente como uma melodia distante, uma sinfonia que anseio reviver - depois de falecido. A vida sem ti tem sido um deserto de emoções destrutivas, e só a esperança de te encontrar novamente me dá forças para seguir adiante, cada vez mais adiante... pra bem longe de ti, Deus me livre os horrores dos amores! Reconheço agora, com a clareza que só a distância e a reflexão proporcionam, o quanto fui injusto comigo ao colocar-lhe em minha vida. Acredito que o destino, guiado pela mão divina, sábia ao léu, está tentando nos enlear novamente, como fios de um tecido que nunca deveria ter se rasgado. Por favor, rasgue os tecidos de nossas ligações internas. Há uma sincronia em nossos caminhos, uma insistência do universo em nos reunir. Precisamos LUTAR CONTRA O UNIVERSO! Tu sempre foste a melhor parte de mim, a peça que completa meu quebra-cabeça. Mas o mundo entende o sentido das peças deste inútil jogueto como partes triunfais de um desmontamento da criação cuja FORÇA DIVINA apenas deleta TUDO. Te peço, de coração aberto e sinceridade plena, uma nova chance, aos Deuses do Novo Mundo. Vamos construir juntos um futuro onde o amor a nós mesmos, amadurecido e fortalecido pelos desafios, possa florescer novamente, como um dia terá sido. Sei que minha vida é melhor com tua companhia, VAZIO mental, e cada momento contigo é uma bênção que não quero mais desperdiçar. Coisa e TAL...


("Uma Andarilha Gostosa", Douglas Neto)
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