Soltem-me, quero andar.
Quero andar só,
sem companhia, sem conselho,
sem ninguém pra me esperar na volta.
Quero andar só,
sem companhia, sem conselho,
sem ninguém pra me esperar na volta.
Quero andar e cair,
andar e perder o rumo,
andar e me assustar de noite.
Soltem-me, por favor,
que já fui muito amada,
muito olhada, muito cativa.
Quero aprender o gosto
de estar comigo só,
e ver se me suporto.
(Adélia Prado)
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